Dois Tons de Cinza, de Alexandre Delmar, no Museu do Côa até 30 de março

Dois Tons de Cinza é uma exposição que nasceu da residência artística de Alexandre Delmar na Madeira, em agosto de 2024, dentro do projeto Semeadores. A exposição explora as estratégias e dinâmicas pastoris da ilha, abordando temas como o rebanho, a comunicação e a orientação. Inicialmente exibida no Funchal, entre outubro de 2024 e janeiro de 2025, agora chega ao Museu do Côa, em março de 2025, com um novo foco nas linguagens do monte.
A mostra apresenta dois vídeos principais:
- Oração às Orelhas – Examina o código visual dos cortes nas orelhas das cabras e ovelhas usados pelos pastores para identificação. Essa prática, transmitida por gerações, forma um vocabulário único e simbólico.
- A Fala das Cabras e dos Pastores – Madeira – Pesquisa sobre a comunicação entre pastores e seus animais, registrando vocalizações e chamamentos característicos da Madeira. Durante a residência, foi observada a forte influência da orografia na forma como os sons ecoam pela paisagem.
A exposição insere-se no eixo Interespécies do projeto Semeadores, que busca explorar fluxos entre espaços rurais e urbanos, conectando paisagem, história e etnografia.
Alexandre Delmar é um artista visual que investiga relações humano/não-humano, tradições orais e estratégias de subsistência. É cofundador de A Recoletora, projeto que une arte e etnobotânica.
O filósofo André Barata, colaborador do projeto, reflete sobre a linguagem dos pastores, destacando seu caráter não antropocêntrico e sua relação com a geografia e a paisagem.
Veja aqui um breve vídeo explicativo.
A exposição estará patente na sala Auroque no Museu do Côa, até dia 30 de março de 2025













![[Entre Paredes] – No fim de um lugar, até 29 de março na Casa das Artes Bissaya Barreto](https://rpac.pt/_rpac/wp-content/uploads/2025/02/2_IMAGEM-AGENDA_NO-FIM-DE-UM-LUGAR_1440x900_acf_cropped-1024x640.png)


















































































