Residência / exposição “Umbra”, de Hugo Canoilas, inaugura a 15 de fevereiro em Viseu

Umbra é uma exposição de Hugo Canoilas, resultado da sua residência, em Viseu, durante 3 períodos distintos, a convite da VNBM – arte contemporânea.
15 FEV | 17h30
17.00 [Entrada gratuita]
+ info aqui

O artista descreve a sua auscultação e intervenção neste território como:
(…) recebi um espectro enorme de possibilidades que auscultei e recolhi tanto quanto o meu corpo podia alojar. Como na teoria da cesta de Ursula K. le Guin, vim com uma abertura ao que nos rodeia de forma a agir com sem a necessidade de forças exteriores, sobretudo, sem a necessidade de recorrer ao círculo vicioso da vontade dos humanos que deseja tudo compreender, que pretende tudo dominar e destruir.
A cesta é um receptáculo onde converge(m) o nosso interior com o meio que nos rodeia que nos estimula o olhar atento que reflecte no nosso interior.
A organização da cesta é o que devolve as experiências vividas como obra. É uma história que pode não se resolver,e que não precisa de um fim precipitado, semelhante a qualquer outra ficção – com um herói – um homem branco que salva tudo e todos no fim, como se nós pudéssemos desligar ou continuar alienados do mundo que nos envolve.
A ficção que procuramos aqui é interior e vai-se construindo, uma e outra vez, em função do que conseguimos recolher na cesta.
Em Viseu, enquanto caminhava, recolhi uma sombra numa pedra, um detalhe numa pintura no Museu Grão Vasco, uma peça de artesanato negra com brilhos metálicos como grafite, a paisagem da Serra da Arada, o restaurante lá atrás com as esculturas de madeira do Sr. Zé com a luz amarela sobre o tecto em xisto, que com os seus 95 anos afirmou quando me viu pela primeira vez: Então também é um apaixonado por pedras!
Moldámos com barro negativos de objetos de proveniências diversas da casa onde fiquei hospedado, a pedra escrita do período megalítico, mas também uma das intervenções sulcadas em granito que jazem nas ruas do centro histórico.
Trabalhei com o Luís e o Zé, Oleiros tradicionais de Molelos, que muito generosamente quiseram contribuir com a sua capacidade técnica e trabalho para a materialização das minhas ideias e intenções. (…)






![[Entre Paredes] – No fim de um lugar, até 29 de março na Casa das Artes Bissaya Barreto](https://rpac.pt/_rpac/wp-content/uploads/2025/02/2_IMAGEM-AGENDA_NO-FIM-DE-UM-LUGAR_1440x900_acf_cropped-1024x640.png)


















































































