Desafios e expetativas da Arte Contemporânea em conversa na ARCOlisboa 2024
A DGARTES realizará no próximo dia 24 de maio, pelas 17h30, a conversa Arte Contemporânea em Rede: desafios e expetativas, um evento inserido na programação Millennium Art Talks. Esta conversa promove o debate em torno do papel da RPAC na valorização e divulgação da arte portuguesa contemporânea e na promoção do trabalho em rede e de sinergias entre os seus equipamentos, e lança a discussão de possíveis modelos de parceria e intercâmbio para a criação e circulação de artistas e exposições a nível internacional.
O painel de debate será constituído por Américo Rodrigues, Diretor-Geral das Artes; Igor Simões e Paula Nascimento, curadores da secção “As formas do Oceano” na ARCOlisboa 24 e Andreia Magalhães, diretora do Centro de Arte Oliva. A moderação será de Marta Mestre, membro da equipa consultiva da RPAC e diretora artística do Centro Internacional das Artes José de Guimarães.
Conheça o painel convidado:
Paula Nascimento (Luanda, 1981) é uma arquiteta e curadora independente que vive em Luanda. É cofundadora do Beyond Entropy Africa (2010-16), um estúdio de investigação que tem trabalhado em arquitetura, artes visuais e geopolítica. Desenvolveu uma série de projetos artísticos e curatoriais, incluindo Luanda Encyclopaedic City, o premiado Pavilhão de Angola na Bienal de Veneza de 2013. Como curadora independente, tem trabalhado em projetos interdisciplinares que exploram questões relacionadas com cidades pós-coloniais e leituras contemporâneas de temas históricos. Foi curadora de várias exposições em Angola, África do Sul, Portugal, Itália e participou na Experimenta Design, Triennale di Milano, Bienal de Bamako e 6.ª Bienal de Lubumbashi. Desde 2019 é curadora da secção África em Foco na ARCOlisboa. Paula é atualmente presidente do comité artístico da Nesr Art Foundation e curadora associada da 7.ª Bienal de Lubumbabshi.
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Igor Simões é Doutorado em Artes Visuais-História, Teoria e Crítica da Arte-PPGAV-UFRGS. Professor Adjunto de História, Teoria e Crítica da Arte e Metodologia e Prática do Ensino da Arte (UERGS). Foi curador assistente da 12.ª Bienal do Mercosul. Trabalha com as relações entre exposições, montagem de filmes, história da arte e racialização na arte brasileira e a visibilidade de sujeitos negros nas artes visuais. Autor da tese Montagem fílmica e exposição : vozes negras no cubo branco da arte brasileira. Membro do comité curatorial do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo/USP. Curador da exposição Presença Negra no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (2022). Membro do conselho curatorial das exposições: Social Fabric, (Houston-EUA); Enpowerment, (Volfsburg-Alemanha), Tempos Fraturados (MAC-USP-Brasil ) Membro do conselho do AWARE – Archives of Women Artists, Research and Exhibitions (França-EUA). Em 2023 foi curador geral de Dos Brasis: Arte e pensamento negro, a mais abrangente exposição de artistas negros brasileiros (Brasil-São Paulo). No mesmo ano, foi curador convidado do Instituto Inhotim para a temporada 2023, com a curadoria das exposições: Mestre Didi: Os Iniciados no Mistério Não Morrem, Fazendo o Moderno, Construindo o Contemporâneo: Rubem Valentim, e Direito à Forma. Em 2024, fez a curadoria da mostra: Jaime Lauriano: Why Don’t You Know About Western Remains (NY) comissariando com Andrea Giunta, a exposição Rosana Paulino: Amefricana, no MALBA (Buenos Aires – Argentina). Atualmente é bolseiro convidado do The Clark Institut e da Getty Center Foundation.
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Andreia Magalhães é diretora artística do Centro de Arte Oliva desde 2017, onde é responsável pelo programa de exposições, gestão das coleções e coordenação dos projetos da instituição. Desde 2000, tem trabalhado com diferentes instituições museológicas, como o Museu da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e, o Museu Nacional Soares dos Reis, além de ter colaborado em projetos editoriais e de estudo da coleção com o Museu de Serralves. Colaborou com diferentes museus internacionais, no âmbito específico dos seus interesses de investigação e curadoria, com foco na relação entre artes visuais e cinema, incluindo o Netherlands Institute for Media Art, os museus de Arte Moderna de Nova Iorque e S. Francisco, e o MAC-USP, em São Paulo. É doutorada pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP), tendo realizado a sua investigação entre Portugal e os Estados Unidos no âmbito de um programa de investigação misto desenvolvido parcialmente no MoMA. É Professora Auxiliar Convidadade Estudos de Arte Moderna e Contemporânea e de Curadoria na FBAUP. Entre os seus projetos de curadoria desenvolvidos no CAO destacam-se: Jaime, vi uma cadela minha com lobos (2021); Feixe de luz: escultura projetada, cinema exposto (2022), Culturas paralelas (2023, FBAUP); Gaëlle Rouard: escuridão flamejante (2023) e Renato Ferrão: Für Fur Fur Fúria de Viver (2024).
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Américo Rodrigues é Mestre em Ciências da Fala e da Audição pela Universidade de Aveiro e licenciado em Língua e Cultura Portuguesas pela Universidade da Beira Interior. Natural da cidade da Guarda, exerceu funções de animador e programador cultural na Casa de Cultura da Juventude da Guarda/FAOJ (1979-1989) e na Câmara Municipal da Guarda (1989-2005). Foi Diretor do Teatro Municipal da Guarda (2005-2013) e Coordenador da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço (2015-2018). Foi um dos fundadores do coletivo Aquilo Teatro, da Associação Luzlinar e do Calafrio, Associação Cultural / Teatro do CalaFrio. Dirigiu festivais como “Ó da Guarda, festival de novas músicas”, “Correntes de ar”, Acto seguinte: Festival Internacional de Teatro da Guarda, “Dizsonante”, ”jazz nas alturas”, “Ovni: objetos e formas animadas”, etc. Autor de diversas obras de teatro, poesia, crónicas, ensaio e literatura para a infância. É Diretor-Geral das Artes desde 2019, tendo coordenado os grupos de trabalho de revisão do modelo de apoio às artes, de regulamentação da rede de teatros e cineteatros portugueses (RTCP) e da implementação da rede portuguesa de arte contemporânea (RPAC), entre outros. Em 2011 recebeu a medalha de mérito cultural atribuída pelo Ministério da Cultura de Portugal.
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Marta Mestre é curadora e pesquisadora em arte contemporânea, reconhecida pelo seu trabalho em instituições culturais, maioritariamente em Portugal e no Brasil. É formada em História da Arte e em Cultura e Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa e pela Université d´Avignon. Atualmente é diretora artística do Centro Internacional das Artes José de Guimarães/CIAJG, em Guimarães. Trabalhou com várias instituições ao longo dos últimos quinze anos. Foi curadora no Instituto Inhotim, curadora-assistente no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e curadora-convidada na Escola de Arte Parque Lage. Como curadora ou co-curadora, Marta Mestre organizou exposições individuais e coletivas em várias instituições de reconhecimento nacional e internacional tais como SESC-Pompéia (São Paulo), S.M.A.K. (Gante, Bélgica), Galeria Zé dos Bois (Lisboa), Instituto Inhotim (Minas Gerais), Museu Coleção Berardo (Lisboa), Galerias Municipais (Lisboa), Museu Oscar Niemeyer (Curitiba), CCBB (São Paulo), Fundação Iberê Camargo (Porto Alegre), e em galerias e espaços independentes. Escreve regularmente sobre o trabalho de artistas, para instituições e publicações. Em 2012, foi uma das vencedoras do “Laboratório Curatorial SPArte 2012”, promovido pela Feira Internacional de Arte de São Paulo, com o projeto de exposição “Se tudo é humano tudo é perigoso”, sob orientação de Adriano Pedrosa. É membro do CIMAM/ Comité Internacional de Museus e Colecções de Arte Moderna. Foi membro externo do Conselho Geral da Universidade do Minho (2021-22). Realiza atividade de docência em História da Arte Contemporânea em várias universidades (FCSH/UNL, FCT/UNL, e EAAD/UM). É regularmente convidada para integrar comissões de júris de programas de Artes Visuais e Coleções, como a Coleção de Arte Moderna/ Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), Prémio PIPA (Rio de Janeiro), Criatório (Porto) ou SESC-Videobrasil (São Paulo), entre outros.
Saiba mais sobre a participação da DGARTES na ARCOlisboa2024 aqui.